-
Arquitetos: URBAstudios
- Área: 48 m²
- Ano: 2021
-
Fotografias:João Morgado
-
Fabricantes: CIN, Cinca, Efapel, MO-OW, Ofa, Tupai, Valadares
Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizado num prédio de habitação social de 1958 na cidade do Porto, este apartamento caracteriza-se por um programa familiar de 3 quartos numa área reduzida de 48m2.
Perto de universidades e com uma localização central, o cliente queria com um orçamento reduzido remodelar o apartamento com o objectivo de o alugar para estudantes universitários
O facto de ser num bairro social, onde geralmente existe um sentido forte de comunidade e partilha de espaços, a remodelação deste apartamento foi um desafio à reinterpretação deste tipo de habitação e da relação entre espaço social e privado
Partindo da premissa que este seria um apartamento para partilhar onde se manteriam os 3 quartos, o conceito passou por expandir o campo visual de todos os espaços de forma a obter uma continuidade visual entre espaços e que permitisse uma interação social entre todos os ambientes.
Esse prolongamento visual/ espacial foi conseguido através da criação de uma única área social (sala + cozinha) e pela abertura de janelas dos quartos para esse espaço comum
Esta ligação entre espaços cria uma relação de flexibilidade entre o privado e o partilhado, contribuindo para uma apropriação do espaço como um todo.
Estas janelas interiores possuem portadas que possibilitam diferentes níveis de contacto com o espaço social através das diferentes possibilidades de abertura. Quando fechadas dão total privacidade.
A possibilidade de mudar de configuração, ativando ou desactivando cenários, torna os espaços mais adaptáveis e confortáveis à vida em espaços pequenos e partilhados.
Os materiais usados são simples e neutros. Todo o apartamento foi pintado de branco e o pavimento é em soalho de madeira. A instalação sanitária muito reduzida, também foi pintada de branco incluindo o pavimento. Foi ainda colocado um espelho do chão ao tecto junto ao lavatório proporcionando maior profundidade.
A cor foi utilizada apenas nas ligações entre espaços (aberturas/ portadas) e nos elementos “soltos” como roupeiros e cozinha, reforçando a ideia de unidade e interligação entre espaços.